domingo, 9 de maio de 2010

Homenagem às mamães solteiras




MÃE SOLTEIRA

Não foi descaramento,
Nela não havia maldade.
Apenas impulsos, arroubos,
Sintomas da pouca idade.
Ovelha negra era agora
Na boca da sociedade

Sua barriga crescia,
Seu vestido encurtava,
Sua cintura antes fina,
Dia a dia engrossava,
E o filho feito a dois
Sozinha ela carregava.

Seguiu firme sua sina
Carregando barriga e dor.
Lembrava da mãe de cristo
Que pelo seu filho lutou.
E entregava seu destino
Nas mãos do redentor.

Em nenhum momento,
Seu ato a envergonhou.
Com o nariz empinado,
A caminhada continuou.
Segurou firme nos braços,
O que o ventre lhe ofertou.

Boa mãe é com certeza,
E a outro filho deu a luz.
Continua mãe solteira,
Sem achar que é uma cruz.
Sem dizer amém as regras
Que a sociedade produz.

Apontada como exemplo,
De mãe bem sucedida,
Pelos que antigamente
A chamavam de perdida.
Ela sorri ironicamente
Das voltas que dá a vida.

FELIZ DIA DAS MÃES!

autor(a) desconecido(a)

5 comentários on "Homenagem às mamães solteiras"

Chapa Cooperação on 9 de maio de 2010 às 22:30 disse...

Muito bom, não o conhecia

Tuili Freitas on 12 de maio de 2010 às 12:53 disse...

Obrigada Rodolfo! Fico feliz por acompanhar o blog! =]

Aline Cavalcante on 20 de maio de 2010 às 07:48 disse...

Lindão. A realidade em belas palavras.

....... on 24 de maio de 2010 às 23:11 disse...

Muito bonito esse poema, parece que diz tudo né?

bjos

Tuili Freitas on 28 de maio de 2010 às 20:54 disse...

ahãm!!! *.*

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