MÃE SOLTEIRA
Não foi descaramento,
Nela não havia maldade.
Apenas impulsos, arroubos,
Sintomas da pouca idade.
Ovelha negra era agora
Na boca da sociedade
Sua barriga crescia,
Seu vestido encurtava,
Sua cintura antes fina,
Dia a dia engrossava,
E o filho feito a dois
Sozinha ela carregava.
Seguiu firme sua sina
Carregando barriga e dor.
Lembrava da mãe de cristo
Que pelo seu filho lutou.
E entregava seu destino
Nas mãos do redentor.
Em nenhum momento,
Seu ato a envergonhou.
Com o nariz empinado,
A caminhada continuou.
Segurou firme nos braços,
O que o ventre lhe ofertou.
Boa mãe é com certeza,
E a outro filho deu a luz.
Continua mãe solteira,
Sem achar que é uma cruz.
Sem dizer amém as regras
Que a sociedade produz.
Apontada como exemplo,
De mãe bem sucedida,
Pelos que antigamente
A chamavam de perdida.
Ela sorri ironicamente
Das voltas que dá a vida.
FELIZ DIA DAS MÃES!
autor(a) desconecido(a)
5 comentários on "Homenagem às mamães solteiras"
Muito bom, não o conhecia
Obrigada Rodolfo! Fico feliz por acompanhar o blog! =]
Lindão. A realidade em belas palavras.
Muito bonito esse poema, parece que diz tudo né?
bjos
ahãm!!! *.*
Postar um comentário